Esse poema fiz para minha mae
Ah! Como queria abrir minhas asas para poder voar
Andar por cimas da águas como antes
Vendo sempre meu corpo frágil e sensível
No mundo em que vivo
Ah! Como gostaria de comer o nécta das flores agora
De me molhar na chuva e passar pelos cantos
De difíceis acessos
Queria dar a deus a minha velha árvore
Em que me deu tanto abrigo
Queria poder ver nascer o pôr-do-sol
Pela última vez em minha vista
Que borboleta infeliz eu sou!
Presa neste vidro estou tão aguniada.
Neste lugar só tenho prendido as minhas lembranças
As coisas boas vão
As lembranças que atormentam ficam
É meu último suspiro
Quem sabe não foi melhor pra mim
Borboleta inocente e indefesa
Dormi neste lugar tão sufocante, mas tranqüilo.
Do que ser devorada por meus predadores lá fora
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